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Quiet Quitting, FatFIRE e onde fica a inovação nisso tudo?



Durante os últimos meses, você passou por alguma notícia envolvendo o tal "quiet quitting", não é mesmo?
Se não sabe o que é isso, de forma simples e direta, é um nome que foi criado para expressar que as pessoas que estão em um trabalho hoje fazem somente o que foi acordado. 

Não é demissão, desistência ou "job simulation", é uma forma de dizerem "não farei nada a mais que fui contratado para fazer".

Isso gerou uma repercussão e discussões quentes em diversos lugares, em fóruns, redes sociais.

De um lado, pessoas empregadas afirmando que é a obrigação de cada um fazer o combinado e deu!

Por outro lado, os líderes e donos de negócios afirmando que é um absurdo, porque tira aquela oportunidade de crescimento e o fomento da meritocracia.

E quem está certo numa situação dessas?

Essa divisão de pensamentos fica mais visível quando envolve grandes empresas, aquelas que têm bastante gente, um desafio robusto diário de gerenciamento de pessoas, com competências mapeadas e processos estruturados de seleção.

Quando falamos em startups, aí muda a figura.

Startup já trabalha em um ambiente de risco maior, porque geralmente é validando um produto que ainda não tem no mercado, onde a busca por dados e informação é insana.
E principal, não tem muito processo documentado.

Startups que acham o modelo ideal de negócio e escalam rápido, a contratação de pessoas é acelerada, sem muito critério definido, onde o que importa é o resultado.

E se a galera vai "aplicar o quiet quitting" em uma startup, como é que a coisa vai andar?

Startup hoje é uma materialização da inovação.

Se as pessoas fazem "somente" o que foi acordado, em uma organização que nem tem mapeado direito o que as pessoas têm que fazer, porque a coisa é dinâmica mesmo, a chance de não ter sucesso é grande.

E a inovação que se lasque!

Por outro lado, já que estamos vivendo em um mundo super polarizado, onde você praticamente precisa sempre escolher um lado, seja na política, futebol, religião e por aí vai, eis que surge o contra, o tal FatFIRE. Já ouviram falar?

Então, esse movimento significa aqueles jovens que vão acelerar seu crescimento, trabalhar muito enquanto puderem, para se aposentarem cedo com bastante dinheiro no bolso.

A expressão vem do inglês "fat" (gordo) e o FIRE (Financial Independence Retire Early).

É uma galera que promete ser o contrário do movimento que só faz o básico nas empresas.

Óbvio que já gerou discussão. Se matar de trabalhar e depois gastar o dinheiro para recuperar a saúde é um dos tópicos mais comentados. 

Outro diz respeito dos herdeiros, que ganham no colo uma empresa pronta e aí fica mais fácil de alcançar a sonhada independência financeira.

No final das contas, tem opção para todos os gostos e intenções.

O que importa mesmo é se a inovação vai se beneficiar com tudo isso, seja tirando o pé do acelerador para ter mais insights, ou apertando o acelerador até o final para produzir mais.

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